Quando me lembro do dia de ontem, aquele olhar tão doce, aquela voz tão terna durante esse tempo pensava em fugir mas seria um roubo de mim mesmo. Que prazer terei em encontrá-la, se o amor me bastar para conseguir isso, que não farei ajudado pelos milhões de desejos? Hei de vê-la ainda em meus braços, trêmula, banhada em vontades com seu corpo quente implorando-me para amá-la. Que faz agora? Que estará a pensar? Que fatalidade me prende a esse ser? Por que correr atrás daquele que está longe? Não sei, mas sei que me sinto vivo, energias boas a cada dia que sinto-a perto aumentam. Que lhe direi afinal? Eu a amo, sim, perdidamente, talvez esta palavra que escrevo pela milésima vez, esta palavra tantas vezes pedida e não alcançada tem agora um significado, e eu pagaria com a vida a doçura de poder uma vez somente fazê-la escutar. Estou sentindo muito sua ausência, mas a esperança de que você ainda pensa em mim me dá forças para continuar a acreditar que o amor existe. Queria poder pedir para você nunca esquecer de nós... posso?
